segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O conto


O que é?

O conto é um tipo de narrativa que se opõe, pela extensão, quer à novela, quer ao romance. De facto, é sempre uma narrativa pouco extensa e a sua brevidade tem implicações estruturais: reduzido número de personagens; concentração do espaço e do tempo, acção simples e decorrendo de forma mais ou menos linear.

Embora o conto seja hoje uma forma literária reconhecida e utilizada por inúmeros escritores, a sua origem é muito mais humilde. Na verdade, nasceu entre o povo anónimo. Começou por ser um relato simples e despretensioso de situações imaginárias, destinado a ocupar os momentos de lazer. Um contador de histórias narra a um auditório reduzido e familiar um episódio considerado interessante. Os constrangimentos de tempo, a simplicidade da assembleia e as limitações da memória impõem que a "história" seja curta. Essas mesmas circunstâncias determinam, como já vimos, a limitação do número de personagens, a sua caracterização vaga e estereotipada, a redução e imprecisão das referências espaciais e temporais, bem como a simplificação da acção.


Personagens


A caracterização das personagens é sumária e estereotipada: os heróis concentram em si os traços positivos, enquanto os vilões evidenciam todos os aspectos negativos da personalidade humana. Dessa maneira personifica-se o bem e o mal e manifesta-se insistentemente a vitória do primeiro sobre o segundo.
A caracterização indirecta prevalece sobre a directa, visto que é sobretudo pelas suas acções que as personagens revelam o seu carácter.

Tempo e espaço

A fórmula inicial ("Era uma vez..." ou outra equivalente) remete para o passado e, desse modo, funciona como um sinal de que se vai passar do mundo real para um mundo irreal, o mundo da fantasia, onde tudo é possível. Esse mergulho no imaginário termina com a fórmula final: "...e viveram felizes para sempre."
Ao longo do conto as indicações de natureza temporal são sempre limitadas e vagas, não permitindo determinar com rigor a duração da acção ou a localização num contexto histórico preciso. O mesmo acontece relativamente ao espaço: um palácio, uma casa, uma fonte, uma floresta...
Na verdade, as vagas referências espácio-temporais aparecem apenas porque são uma exigência da narrativa, visto que nada acontece fora do tempo e do espaço. Não é o onde nem o quando que interessa, mas sim o que acontece, a acção. As próprias personagens são um mero suporte da acção, daí a sua caracterização estereotipada.
A conjugação dessas características (personagens estereotipadas e espaço e tempo indeterminados) concede às histórias um carácter atemporal e universal, que permite a sua reactualização permanente: é algo que poderia acontecer em qualquer tempo e em qualquer lugar.


Fonte:http://pwp.netcabo.pt/0511134301/conto.htm

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A gramática


- Morfologia: classe de palavras

- Sintexe: função das palavras na frase

- Léxico: as palavras de uma língua (comose formam, como se renovam)

- Pragmática: os diferentes modos de usar a língua (em função da situação de comunicação, dos interlocutores, dos objectivos da comunicação...)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O modo conjuntivo

Exprime uma possibilidade, uma dúvida, um desejo.

É possível que parta amanhã - (possibilidade)
Talvez apareça para jantar - (dúvida)
Gostava que viesses - (desejo)

Formação das palavras


As palavras podem ser:

- Compostas por:

justaposição: estão ligadas por um hífen - belas-artes, caminho-de-ferro...

aglutinação: resultam de uma união profunda dos elementos que as constituem - artimanha, ferrovia...

- Derivadas por:

sufixação: acréscimo de sufixo à palavra primitiva - felizmente, lealdade...

prefixação: acréscimo de prefixo à palavra primitiva- infeliz, desleal...

prefixação e sufixação: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, ao mesmo tempo, à palavra primitiva - aparafusar, amanhecer...